Por que desperdiçar tempo não está em sintonia com os princípios cristãos?

Por que desperdiçar tempo não está em sintonia com os princípios cristãos

O tempo é considerado uma dádiva divina, pertencente a Deus, e a qualquer momento podemos ser chamados, pois "ninguém sabe o dia nem a hora".

A existência humana é passageira: nascemos, crescemos, reproduzimos, envelhecemos e morremos. A Sagrada Escritura afirma que “setenta anos é o total de nossa vida, os mais fortes chegam aos oitenta. A maior parte deles, sofrimento e vaidade, porque o tempo passa depressa e desaparecemos.”

A advertência do salmo de que “o tempo passa depressa” nos instiga à reflexão sobre como estamos utilizando o tempo. Na sociedade atual, tendemos a nos dedicar excessivamente aos dispositivos móveis, perdendo a conexão com a realidade e as pessoas ao nosso redor.

É crucial compreender que o tempo concedido por Deus deve ser valorizado, pois é irreparável. Não podemos retroceder para corrigir o que deixamos de fazer, evitar ofensas a entes queridos ou corrigir erros passados. O tempo é uma dádiva divina, e a passagem do tempo é uma manifestação da obra divina.

O Livro de Eclesiastes destaca que “as coisas que Deus fez são boas a seu tempo” e que a compreensão completa da obra divina está além da capacidade humana. Jesus enfatiza a proximidade do Reino, instigando a conversão e a renúncia ao pecado, ressaltando que “ninguém sabe o dia nem a hora” em que seremos chamados.

Embora o descanso seja legítimo, é essencial discernir as atividades que nos afastam do propósito divino. A Bíblia, de fato, reconhece a existência de tempo para todas as coisas, mas exorta-nos a eliminar distrações e dedicar-nos ao que realmente importa. Devemos agir em prol dos nossos irmãos, especialmente aqueles com quem convivemos, conscientes de que nossas ações neste tempo designado por Deus terão repercussões na eternidade.