Quando indivíduos habituados a interações superficiais tentam se envolver em relacionamentos mais significativos, enfrentam maior probabilidade de perder solo para caminhar, pois enfrentam dificuldades em compartilhar emoções, lidar com conflitos, respeitar limites e apoiar os sonhos e liberdade do parceiro.
Essas pessoas, fragilizadas por essa transição, podem ser mais propensas a sucumbir ao medo da perda, alimentando sentimentos de ciúmes que corroem a relação. O ciúme, uma manifestação do medo, aprisiona e compromete a liberdade emocional. Mesmo que alguém ciumento possua qualidades maravilhosas, conhecimento e inteligência, sua liberdade é limitada. O Homo sapiens, ao se tornar um Homo digitalis, torna-se emocionalmente frágil e dependente, com sua autonomia afetiva sequestrada.
Apesar da aparente liberdade, muitos não percebem que o verdadeiro amor floresce na confiabilidade mútua. Controlar o outro revela-se como uma forma cruel de posse, em vez de construir uma parceria saudável. Nas sociedades livres, paradoxalmente, há um aumento no número de pessoas aprisionadas emocionalmente, especialmente no único lugar onde nunca deveriam estar acorrentadas. O ciúme age como correntes invisíveis, limitando a verdadeira liberdade.
